quinta-feira, 19 de abril de 2012

Oposto? Vai lá!


Após diversas lições (algumas nada agradáveis) começo a perceber que o amor é muito mais simples do que parece. Talvez por termos crescido vendo novelas, filmes, seriados e coisas do tipo, gostamos de dramatizar tudo, queremos ser heróis, ter histórias cinematográficas, e aí tudo vai para o brejo.
Busque em seus amigos, parentes e conhecidos, quais são os melhores casais? Simples, aqueles que mais conversam. São como amigos que dividem tudo o que acontece em suas vidas e de quebra, beijam, abraçam, transam e tudo mais. Só que muitos insistem em querer criar “uma linda história de amor”.
Ou seja, o cara mora em São Paulo e a mulher em Teresina, a menina é funkeira e o cara gosta de música clássica, ela é totalmente ligada a família, ele fugiu de casa. Relacionamentos com essas características podem dar certo? Claro, sem dúvidas, mas quantos assim você conhece? De fato eles são felizes? Ou são daquele tipo de casal que termina e volta três vezes por semana?
Quem nós queremos ao nosso lado? Pessoas que nos fazem bem. E acredite, a mulher pode ser linda, gostosa, sensual, mas se depois de tudo vocês não conseguirem conversar, esquece. Se discordarem sempre e em tudo, você seria amigo dessa pessoa? Não? E por que seria namorado, noivo ou marido? Acredite, se vocês se casarem, em 20 anos a atração física será um dos últimos fatores importantes nessa união. Agora, a boa convivência, troca de ideias, admiração e a cumplicidade, se continuarem acesos, vão transformar vocês dois em um casal referência.

Segregação?
Quando digo isso, não quero que você procure seu amor apenas dentro do seu grupo de amigos ou pessoas próximas. Muito menos que devemos caçar uma “cópia”. Ninguém mostra sua essência pela religião, roupa que veste ou música que gosta. Isso requer tempo e confiança. Mas quando você começa a ficar com alguém, começa a reparar nos detalhes. Aí está o “X” da questão.
Você começa a perceber que não há sintonia, que a conversa ficou mais chata após a fase de contar vantagem, mas está envolvido, pede a menina em namoro e pensa que logo vocês vão se amar e isso tudo será parte do passado. Aviso pra você meu amigo: AMOR EXISTE, SUPER-HERÓIS NÃO!!.
As pessoas nascem com temperamentos diferentes, crescem em ambientes distintos e então formam sua personalidade. O “amor” que você sente não vai fazer essa mulher mudar. E não adianta esse papo de “ah, uma conversa muda tudo, o diálogo...”. Tudo isso é importante, mas a personalidade lá está e não vai ser alterada.
Portanto, de minha parte, nunca mais tento bancar o herói. Quando as diferenças são maiores que aquilo que consideramos aceitável, o destino está traçado. Após bater a cabeça diversas vezes, descobri que fui muito mais feliz com aquelas pessoas que mais se pareciam comigo, que acreditavam nas mesmas coisas que eu e que sei que lutam nesse mundo com os mesmos ideais que os meus.
Os opostos se atraem? Talvez, quero ver é quanto tempo eles ficam juntos. Deixei de acreditar nessas frases feitas, prefiro a tranquilidade de um amor sem estardalhaço, mas com respeito, boas risadas, conversas agradáveis e claro, muito fogo.

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